Voam as cordas nas pontas das mãos
separados pelo desejo de ter
apartados pelo querer que não temos
voamos aos encontrões
navegamos sem rumos nem destinos
perdidos entre o deserto de ser o que se deseja
ganhamos a vida do outro
no palco dos sentidos nada temos
mãos que se perdem
nas aguas desse olhar
no corpo banhado pelo luar
Voam as cordas nas pontas das mãos
dos lábios sai o silêncio de um beijo esperado
e os olhos que se abraçam
águas presas
um grito que rasga o tempo
um beijo que se solta no olhar
os teus olhos que me prendem
as mãos que me apartam
04/11/2007
Postado por
Antonio Antunes
às
03:43:00
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