18/10/2011

Sons

Cerramos as janelas e a porta

despimos os corpos
os lençóis esperam-nos
os olhos percorrem o espaço
respiração acelerada
cerramos a vista
e os sons
e os ruidos lá fora
e as ondas de prazer
e os gemidos em extase
despimos os corpos
palpamos cegos de tudo
entramos em mim em ti
ofegantes
calamos os sons lá fora
as bocas perdem-se
as línguas cruzam os corpos
sorvem os nectares
as mãos
silêncios que calam os
orgasmos
a noite corre lá fora
a língua perde-se em vénus
perdes-te em mim
na loucura do momento
cerras em mim
as unhas da paixão
e os corpos
suados
esvaem-se
em orgasmos
silenciosos
na noite
carregada de luar



12/10/2011

Caleidoscópio

Vertigem de cores

voando em meu redor
quais gemidos de prazeres
a pele que sufoca contra o corpo
palavras desconcertantes
beijos perdidos
borboletas multicolores
os corpos desfeitos no suor
as línguas secas
orgasmos de libidos perfeitos
encerro em ti a masculinidade
sinto-te qual vulcão
a lava incandescente
desce por mim
fumegantes corpos
insaciável desejo nos teus olhos
incansável meu desejo
do teu prazer
no mais fundo de ti
encerro minha lança
torrente efervescente
caleidoscópio em erupção
fundem-se nossos corpos
bocas
mãos
êxtases
nossos corpos suados
em mim em ti

10/10/2011

Uma noite

Os copos vazios

o vinho tinto
corre no corpo
húmido
as bocas não se encontram
as línguas soltam-se
as mãos perdem-se
soltos os gemidos
perco-me em ti
o teu corpo em mim
espasmos de prazeres
as línguas procuram-se
as mãos procuram algo
o teu peito
mamilos hirtos
as tuas coxas envolvem-me
os teus braços prendem-me contra o corpo
Os copos vazios
o deleite nos teus olhos
sorvo o teu néctar
nas curvas do teu corpo
perco os sentidos
os teus lábios envolvem-me
solto-me em ti
e a noite corre lenta
as mãos perdem-se
as bocas procuram-se
as línguas soltas
pernas entrelaçadas
deixo-me em ti

09/10/2011

Nós

O corpo suado

o calor da noite
os lençóis atirados no chão
a pele brilhante
o êxtase
A noite lá fora
mãos que se perdem
passas por mim
pernas entrelaçadas
pescoços ardentes
as línguas perdidas num deserto nu
bocas traçadas
procurando portos de abrigo
tempestades de desejo
ondas
marés
corpos perdidos nas areias
de lençóis
Perdi o meu corpo
de encontra o calor do teu
entro em ti numa fúria
percorro-te calmo
sinto as unhas dentro da pele
rasgamos o universo dos sentidos
deitas em mim o corpo suado
sinto o perfume nos teus cabelos
a lua vai alta devagar
percorre o firmamento
no horizonte o sol vai despertando
no quarto
as mãos perdem-se em nós
rasgam-se
e os corpos suados num beijo
penetram-se
num êxtase de vida
em beijos suados
corpos caídos
e a manha
desperta

Tu

Olho a tua imagem espelhada numa foto

sigo o traço dos teus lábios
o rasgar do sorriso desse olhar
vão de tudo
as maçãs do rosto
o queixo
num beijo atirado
contra a objectiva
sentido na pele
Olho a tua imagem dentro de mim
de olhos abertos vejo-te
lábios contra a pele
Os dias passam no arco-iris
o sol nasce uma e outra vez
e todas as noites a lua vem fazer-me companhia
as estrelas trazem o sorriso
os beijos
a pele
Olho o teu retrato

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