Cerramos as janelas e a porta
despimos os corpos
os lençóis esperam-nos
os olhos percorrem o espaço
respiração acelerada
cerramos a vista
e os sons
e os ruidos lá fora
e as ondas de prazer
e os gemidos em extase
despimos os corpos
palpamos cegos de tudo
entramos em mim em ti
ofegantes
calamos os sons lá fora
as bocas perdem-se
as línguas cruzam os corpos
sorvem os nectares
as mãos
silêncios que calam os
orgasmos
a noite corre lá fora
a língua perde-se em vénus
perdes-te em mim
na loucura do momento
cerras em mim
as unhas da paixão
e os corpos
suados
esvaem-se
em orgasmos
silenciosos
na noite
carregada de luar


Sem comentários:
Enviar um comentário